Angola cria novas defesas contra ataques cibernéticos

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“Shields2Africa” é a denominação do novo sistema informático contra ataques cibernéticos do país, proposto pela Angola Cables, para melhorar a protecção do sector, informou, ontem, em Luanda, o Coordenador de produtos daempresa, Crisóstomo Mbundu.
Durante uma visita do Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, às instalações da Angola Cables, Crisóstomo Mbundu explicou que o país tem capacidade para evitar futuros ataques cibernéticos. “Angola tem três sistemas submarinos de telecomunicação, dois dos quais, o SACS e WACS, sob a responsabilidade da Angola Cables, e outro gerido pela Angola Telecom”, esclareceu.
Para o Coordenador de produtos da empresa, o país tem capacidade de evitar muitos dos ataques feitos, ao ponto de o tornarem o segundo com o maior índice em África e o quarto no mundo. “O projecto vai funcionar como um escudo automático, capaz de detectar, reportar e mitigar em tempo real ataques cibernéticos à escala global, com suporte à inteligência artificial, que vai permitir chegar o máximo possível da fonte de origem”, sublinhou.
Os sectores que mais sofrem ataques cibernéticos, revelou, são os da Educação, Finanças e o de “streaming”, de distribuição digital. Porém, esclareceu, a frequência dos ataques varia em função dos conteúdos disponíveis, em especial os associados à Internet, como os websites e algumas bases de dados, com informações digitais. “Dada a vulnerabilidade que várias instituições estão sujeitas aos ataques distribuídos de negação de serviço (DDOS) decidimos optar por esta solução”, disse.
O “Shields2Africa”, com segurança cibernética de nível sete, tem permitido a Angola Cables estudar a natureza de muitos dos ataques. “O objectivo é mitigar e detectar em tempo real o volume de dados que estiver a ser inserido numa determinada infra-estrutura do país”, contou.
Para melhor combater tais ataques, adiantou, a empresa está a trabalhar com a Clauds e a Check Point, parceiros que os ajudam a identificar os invasores e, ao mesmo tempo, os investigar, a nível global. “Estamos a conseguir obter resultados positivos e também a conectar o país ao mundo, mas com maior protecção, como este projecto feito para analisar em tempo real os ataques cibernéticos”, explicou.

Investimentos
O Ministro Manuel Homem reconheceu, no final da visita efectuada, os investimentos que o país está a fazer, em termos de infra-estruturas tecnológicas, para estar entre os melhores do sector. “Angola tem investimentos em cabos submarinos que muitos países não possuem e por isso acaba por ser uma das preferências de muitos destes ataques informáticos”, lembrou.
Angola, acrescentou, está, aos poucos, a melhorar, acentuadamente, o monitoramento das comunicações nacionais, inclusive a criar novas medidas contra muitos destes ataques às infra-estruturas. “Temos alguns desafios a fazer e o principal é incentivar os operadores nacionais a usarem serviços de qualidade”, destacou. Parque Tecnológico da Huawei Angola
O mercado das tecnologias e comunicações vai contar com um Parque Tecnológico da Huawei Angola, capacitado para formar cinco mil jovens por ano em engenharia, informou ontem, em Luanda, o Presidente do Conselho de Administração da empresa.
Edric Chu garantiu, no final de uma visita efectuada à referida empresa, pelo Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, a mesma pretende colocar no mercado nacional serviços de tecnologia digital de referência.
Nos últimos cinco anos, afirmou, a empresa investiu 65 milhões de dólares norte-americanos para a construção do Parque Tecnológico da Huawei. “Em dois meses, o local vai estar em pleno funcionamento”, prometeu.
Para Manuel Homem, a construção do Parque Tecnológico da Huawei é o resultado de um compromisso entre a empresa e o Executivo angolano.

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