A informação foi prestada, nesta sexta-feira (8), pela Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, no final de uma visita do Presidente da República, João Lourenço, às obras de construção da futura unidade hospitalar.
Com as obras iniciadas em 2012 e retomadas em 2020, o futuro Hospital Pedro Maria Tonha “Pedalé” está projectado para ter 144 camas.
Após afirmar que o hospital deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2023, a Ministra Sílvia Lutucuta disse tratar-se de uma obra avaliada em cerca 103 milhões de dólares, cuja execução física está na ordem de 50%.
Entre as valências do futuro hospital destaca-se os serviços de pediatria, ginecologia, obstetrícia, hagiólogas, laboratório, exames de histocompatibilidade genética, cirurgia robótica, hemodiálise e transplante de órgãos.
A unidade deverá contar com mais de 1.600 funcionários, 700 dos quais a serem admitidos num concurso público em curso.
Quando estiver a funcionar, o Hospital Pedalé contará com o contributo de especialistas expatriados para operar o equipamento e formar quadros angolanos, tendo em vista atender as necessidades dos vários hospitais de referência do país.
O Director de projectos da empresa Prumo, encarregue pela empreitada, afirmou que o serviço de cirurgia robótica terá um bloco com robot cirúrgico, com telemedicina, abrindo a possibilidade à intervenção de especialistas que se encontrem noutras localidades.
Fernando Camarinha adiantou que a unidade incluirá um centro de formação em cirurgia robótica e um laboratório de histocompatibilidade.
Disse que o complexo hospitalar contará, também, com um centro de oncologia terapêutica com radioterapia, rádio-cirurgia, braquiterapia, quimioterapia, medicina nuclear e microciclitrao.
A par do centro de hemodiálise, a unidade, projectada para ter um heliporto, deverá prestar serviço de hemodiálise.
Em visita anterior às obras do Hospital Pedalé, o Presidente da República havia informado que a unidade prestará “assistência indiferenciada” à população, desmentindo rumores de que era destinada apenas à classe dirigente.
O Executivo espera com este hospital economizar avultados recursos financeiros que são despendidos com evacuações e formação especializada no exterior do país.
“Em 2018, depois do Presidente da República ter efectuado uma visita e constatado a paralisação das obras, orientou o seu reinício após cumpridas todas as formalidades legais, nomeadamente, a submissão dos respectivos contratos ao Tribunal de Contas e a correspondente cabimentação financeira.
João Lourenço determinou também a passagem da superintendência do Hospital Pedro Maria Tonha “Pedalé”, em construção em Luanda, para a esfera do Ministério da Saúde.
