Comissão da Carteira e Ética exige equidistância dos partidos

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A Presidente da Comissão da Carteira e Ética (CCE), Luísa Rogério, defendeu esta terça-feira no Lubango uma postura equidistante dos jornalistas em relação aos partidos políticos e actividades incompatíveis com o exercício da profissão, sobretudo nesta fase da campanha eleitoral. 

Luísa Rogério, que falava no fim da visita de constatação das condições dos órgãos de comunicação social públicos e privados da Huíla, defendeu a observância de princípios éticos e deontológicos constantes do código e do estatuto dos jornalistas durante o exercício da profissão.

A Presidente da Comissão da Carteira e Ética disse que os jornalistas devem-se limitar a reportar factos por meio da produção de notícias e reportagens, para que “não se confundam com os protagonistas partidários”. A líder da instituição que fiscaliza o desempenho e conduta dos profissionais de informação disse que é fundamental os jornalistas se despirem da militância partidária sob pena de ser sancionados ou verem a carteira profissional suspensa. Luísa Rogério advertiu que todos os profissionais que violam os códigos de conduta e o estatuto dos jornalistas vão doravante sentir “a mão pesada” da comissão, cujo primeiro sinal de alerta foram as advertências recentes a profissionais de vários órgãos de comunicação social públicos e privados. “Temos visto muitos jornalistas a usar as suas imagens nas redes sociais por exemplo a apelarem ao voto neste ou naquele partido. Isso é complementarmente errado e não faz sentido,

ou outros a exercerem atividades incompatíveis com a profissão. É claro que o jornalista, enquanto cidadão, tem o direito a ter preferência e goza do direito de voto, no entanto essa preferência não deve ficar lá nas redacções”, disse.

Informou que nesta senda a comissão aplicou multas a vários órgãos de comunicação social pelo facto de manterem jornalistas a exercerem a profissão sem carteira. 

“Nas redacções os jornalistas devem obediência ao código de ética e deontologia. Devem respeitar a legislação angolana relativamente ao sector. O jornalista tem a prerrogativa de invocar a cláusula de consciência, estabelecida na lei”, disse. Apelou à denúncia de jornalistas que violam o código de ética e deontologia profissional. “Se alguém souber de práticas lesivas ao exercício da profissão com incompatibilidade, deve denunciar. 

É uma questão de dignificação da classe e do respeito ao código”, exortou. A Comissão da Carteira e Ética (CC) já emitiu até ao momento mais de 2800 carteiras. Luísa Rogério disse que todos os profissionais que prestaram falsas declarações para obter o documento vão ser autuados e encaminhados para as instâncias judiciais.

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