Endiama apresenta resultado positivo de 44,16 mil milhões de kwanzas

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A Empresa Nacional de Diamantes de Angola(ENDIAMA) obteve um resultado positivo de 44,16 mil milhoes de de kwanzas, no exercicio economico de 2021, superior em 30,78 mil milhões de kwanzas, comparativamente ao período homólogo.

Estes resultados, segundo o parecer da Delloite & Touche-Auditores, Limitadas, empresa que procedeu a auditoria às contas, estão em conformidade, apesar de apresentar algumas “reservas”.

Segundo o “Relatório de Gestão e Contas 2021” da empresa pública de diamantes, a que o Jornal de Angola teve acesso, o incremento do preço médio do quilate de 138 dólares em 2020 para 183 registado no ano passado, contribuiu nos proveitos operacionais em cerca de 41%.

No ano passado, os custos operacionais totalizaram cerca de 27,4 mil milhões de kwanzas, tendo-se registado um aumento de 25%, face ao período homólogo.

Já com o pessoal, as despesas corresponderam a cerca de 69% dos operacionais e aumentaram em 33% em relação ao ano de 2020.

Registo positivo

O resultado financeiro da ENDIAMA, do exercício económico do ano passado, revela um registo positivo de 2,48 mil milhões de kwanzas.

Comparativamente ao período homólogo, a empresa pública de diamantes obteve um aumento de 3,01 milhões de kwanzas.

As filiais e associadas tiveram um registo de 63,92 milhões de kwanzas, um aumento “significativo” de 17,03 milhões de dólares comparativamente ao período homólogo.

Contribuíram para estes dividendos a empresa Catoca com 67,19%, Minas (12,53), Clínica Sagrada Esperança (9,74), Chitotolo (8,68), Somiluana (1,54) e o BAI (0,32).

O resultado não operacional, a empresa teve um registo negativo de 5,35 milhões de kwanzas, uma redução em 12,73 milhões de kwanzas, comparativamente ao ano de 2020. Quanto aos activos da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA) contabilizados no final do exercício económico de 2021, totalizam cerca de 170,48 milhões de kwanzas, contra os 150,65 milhões de kwanzas em 2020, verificando-se um aumento de 13%.

O passivo da empresa em 2021, fixou-se nos 93,57 milhões de kwanzas, contra os 119,10 milhões de kwanzas registados em 2020, uma redução de 21%.

Durante o ano de 2021, foram recuperados e comercializados 50.750 quilates, gerando receitas no valor de 7,1 milhões de dólares norte-americanos.

Em 2020, a comercialização de diamantes atingiu 30.041 quilates, num resultado de mais de 2,9 milhões de dólares, significando um aumento de 69% em termos de quilates e 138% em receitas.

 Aumento da produção

Um total de 13 empresas mineiras (3 primários e 10 secundários) está a operar no sector da exploração, cujos empreendimentos mineiros estão localizados nas províncias das Lundas Norte e Sul.

A actividade de exploração semi-industrial conta com 264 cooperativas licenciadas, encontrando-se em funcionamento 62 (correspondendo 23,5 por cento), das quais 29 em prospecção e 33 em produção. As restantes 202 estão paralisadas. Em 2020 estavam em funcionamento apenas 26.

Com o programa de aumento da produção, a empresa teve como resultado a continuidade dos trabalhos de investigação geológico mineira nas concessões de Sangamina e Luachimba e a identificação de 13 novas concessões, bem como a melhoria da estrutura organizativa e operacional das minas de Calonda Kaixepa, Luembe, Luminas, Lunhinga e UARI.

Actualmente, encontram-se em prospecção 39 projectos (11 primários e 28 secundários), nas províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Malanje, Cuanza-Sul, Huambo e Bié.

A mão-de-obra atingiu um total de 19.461 trabalhadores, dos quais 15.096 directos e 4.365 indirectos. Deste total, 450 pertencem à ENDIAMA.

“Este número tende a crescer tendo em conta a estratégia de dinamização e implementação de novos projectos, tanto em prospecção como em produção”, sublinha o Relatório de Gestão e Contas 2021 da empresa pública.

Diamantes podem render Usd 1.42 mil milhões este ano

Para o exercício económico de 2022, a empresa pública de diamantes projecta uma produção de 10.05 milhões de quilates, e proveitos na ordem dos 1.42 mil milhões de dólares.

Prevê-se, também, segundo o documento da ENDIAMA, o incremento das actividades geológico-mineiras com vista ao aumento do conhecimento geológico e da produção de diamantes, além da implementação do laboratório de micro-diamantes de Saurimo, na província da Lunda-Sul.

Será, igualmente, potenciada a GEOANGOL para a consolidação dos serviços de geologia, sondagem e laboratório. O relatório explica que está previsto o arranque da produção piloto do projecto “Luaxe”, bem como do Cassanguidi, Luembe, Chinguvo, Tchissema e Yetwene.

Outra aposta para este ano prende-se com a transformação das cooperativas em empresas de exploração industrial de pequena dimensão. O aumento da actuação da ENDIAMA na cadeia de valor do sub-sector de diamantes, através do fomento da lapidação e da joalharia, bem como também a participação na constituição da Bolsa de Diamantes de Angola, constam entre as prioridades para este ano.

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