A situação política e de segurança no Leste da RDC foi analisada esta segunda-feira, em Kinshasa, durante a 21ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), durante a qual foi feito um apelo à solidariedade comunitária àquele país da sub-região continental.
Segundo uma nota do Ministério das Relações Exteriores divulgada ontem, no âmbito do princípio de complementaridade orientou-se à Comissão para aderir ao Roteiro de Luanda relativo à cessação das hostilidades pelo Grupo M23 e a retirada imediata das posições ocupadas em conformidade com o Comunicado Final da Mini-Cimeira de Nairobi.
A Cimeira, dirigida por Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo, Chefe de Estado da República Democrática do Congo (RDC) e Presidente em Exercício da CEEAC, reiterou o engajamento da Comunidade no sentido de defender, junto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o levantamento do embargo de armas contra a República Centro-Africana.
Para o efeito, acrescenta o documento, instruiu o Grupo dos embaixadores dos Estados Membros da CEEAC, em Nova Iorque, a trabalhar afincadamente neste sentido.
A 21ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEEAC iniciou com a observância de um minuto de silêncio em memória do Engenheiro José Eduardo dos Santos, ex-Presidente da República de Angola e pai fundador da Comunidade Económica dos Estados da África Central.
A Conferência adoptou o Relatório do Conselho de Ministros, assim como as recomendações. Além do Chefe de Estado anfitrião, participaram na Cimeira os Presidentes Faustin Archange Touadera (RCA), Carlos Manuel Vila Nova (São Tomé e Príncipe), Mahamat Idriss Deby Itno (presidente do Conselho Militar de Transição e Presidente da República do Tchad), e os representantes dos Chefes de Estado e de Governo dos demais membros da CEEAC.
O Presidente João Lourenço foi representado no evento por Téte António, Ministro das Relações Exteriores.